domingo, fevereiro 19, 2006

Based on real events

O “eterno nomeado aos Óscares ” marca aqui o seu regresso. E ao contrário do seu último sucesso de bilheteira, “A Guerra dos Mundos”, protagonizado por Tom Cruise, Munich não se trata de ficção científica, Spielberg, não precisou de inventar alienígenas que por qualquer razão acharam que a terra seria um bom planeta para se viver (?). Trata-se de um tema bastante em voga, o terrorismo. Impossível ficar indiferente pois para além do tema em si, é baseado em factos reais. Munich mostra a tentativa de retaliação de Israel contra os palestinianos supostamente envolvidos no massacre de onze atletas israelitas, nos jogos olímpicos de Munique em 1972. Spielber mostra assim que não tem medo da polémica que prometia de inicio, e que acabou por acontecer por parte do povo judeu. Polémica que não impediu este filme de se tornar um dos favoritos aos Óscares com cinco nomeações.
É realmente um filme brilhante, bem ao estilo de Spielberg, capaz de colar os espectadores à cadeira de cada vez que ocorre um assassinato. Na minha opinião, marca também o regresso ao grande ecrã de Geoffrey Rush, aqui como actor secundário, outrora como protagonista do brilhante “Shine” de Scott Hicks, onde vence o óscar de melhor actor.

Steven Spielberg’s “MUNICH” com Eric bana, Daniel Craig, Ciaran Hinds, Mathieu Kassovitz, Hanns Zischler e Geoffrey Rush nos principais papéis.
Lusomundo, 2005

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É impressão minha ou tu dizes mesmo que Spielberg "inventou" os alienígenas na guerra dos mundos...

11:21 da manhã  
Blogger Gustavo Jesus said...

Julgo que não, que o que ele diz, e bem, é que, ao contrário de ET ou Guerra dos Mundos, Spielberg não se refugia na fantasia alienígena para estar na boca do mundo. Prefere, louvemos o senhor, a polémica e a questão palestino-judaica.

8:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

E desde quando Spielberg "se refugia na fantasia alienígena para estar na boca do mundo"? Que eu saiba nunca precisou...

8:35 da tarde  
Blogger Gustavo Jesus said...

Desde que os seus filmes fracassavam enquanto filmes e, para receita, tinha de se refugiar no fulgor do cinema Box-Office-Pipoqueiro. Não trazendo nada de novo em "Guerra dos Mundos", "Terminal", "Apanha-me se puderes" ou mesmo no romântico, se bem que inócuo, "E.T.", desde "A Lista de Schindler" que Spielberg não realizava um grande filme. Era aí que baseava o seu, como era mesmo?, refúgio "na fantasia alienígena para estar na boca do mundo"

9:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não creio que se possa passar por cima de "O Resgate do Soldado Ryan" e de "A.I" dessa forma..De qualquer maneira foge-se à questão central e mantenho o que já disse: Spielberg não se refugia na... É uma generalização totalmente inconcebível e descabida.
Não posso, no entanto, deixar de concordar contigo quando dizes que não traz nada de novo nos seus últimos três filmes.

10:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Mas claro que concordo! Munique é muito superior a "A Guerra dos Mundos". Aliás concordo com tudo o que diz o post há excepção do pequeno pormenor que critiquei (um pouco rudemente talvez) no início mas que penso ter entendido de forma incorrecta.

10:19 da tarde  
Blogger Gustavo Jesus said...

Ainda assim, caro (como lhe chama o meu amigo) Anónimo só para sublinhar que também "O resgate do soldado de Ryan" e, especialmente, "A.I." são filmes menores. "O resgate do soldado Ryan", sendo um bom filme, não é, nem por sombra, um filme marcante. Quanto a "A.I.", um tema tão peculiar e um actor (já)da craveira de Halley Joel Osment mereciam um resultado menos entediante e mais natural.

12:25 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Entediante? O que será "India Song" então... Não, não creio que "A.I" seja um filme entediante. Penso, sim, que talvez o público actual já não esteja habituado aos filmes que não se desenvolem mais rapidamente do que o que se consegue efectivamente apreender. Filmes que não têm pressa de chegar ao fim. Penso que Spbielberg em "A.I:", seguindo as vontades de Stanley Kubrick, fez um óptimo trabalho que em nada desvaloriza Joel Osment, muito pelo contrário, valoriza bastante e confirma-o um brilhante jovem actor! Cumprimentos

8:23 da tarde  
Blogger Gustavo Jesus said...

Não é uma questão da desconstrucção da linha base de montagem do filme, aliás presa-se que em Spielberg haja um filme que, ao contrário dos paradigmáticos "Indiana Jones", não se corra para o fim à velocidade de gags e sketchs, é uma questão de um ritmo que tem que ser mantido. Um bom filme é um objecto estético de relevo, mas tem de ser também um exercício prasenteiro. Caso contrário, a essência do cinema (não esquecer que apesar de nascer com o documentário, o cinema tem o seu boom quando passa a entretenimento) está desfigurada. Obrigada pelos comentários.

8:37 da tarde  

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