terça-feira, outubro 03, 2006

Lucky Number Slevin



“O Morgan Freeman faz de mau!”. Foi talvez esta afirmação que me fez comprar o bilhete para este filme. Era a primeira vez que tinha conhecimento de que Morgan Freeman, um dos ctores de cinema da minha preferência, interpretava algo que não fosse um detective experiente, um polícia na reforma ou um “herói” que se rege pelas suas próprias regras.
Trata-se de um filme que surpreende o espectador, capaz de irritar aqueles que se julgam capazes de adivinhar o desenrolar de todos os filmes americanos. Do inicio ao fim somos levados num sentido da história que se revela oposta à real, os vilões tornam-se vitimas, e as vitimas tornam-se piores que os vilões.

A vida não corre de feição a Slevin (JOSH HARTNETT) – o seu bloco de apartamentos tem os dias contados, o seu bilhete de identidade foi roubado, e, para terminar em glória, apanhou a namorada com outro... Ele refugia-se no apartamento do seu amigo Nick Fisher, em Nova Iorque, de modo a afastar-se de Los Angeles e de todos os seus problemas por um tempo. Mas o seu azar fala mais alto e as coisas ainda vão piorar, Ao chegar a N.Y. o amigo encontra-se desaparecido, e aqui começamos problemas para Slevin, ao ser confundido com o amigo, Nick Fisher. Parece que este estava metido numa guerra entre o Rabino (BEN KINGSLEY) e o Chefe (MORGAN FREEMAN). Antigos parceiros,são agora arqui-inimigos. Slevin vê-se obrigado a pactuar com as ameaças de ambos em prol da sua sobrevivência. Ultimamente a tensão cresce entre eles: para vingar a morte do seu filho, o Chefe planeia um ataque ao filho do Rabino. No entanto, se a autoria do golpe fosse óbvia isso desencadeava na Terceira Guerra Mundial. Para resolver o problema, o Chefe contrata o infame assassino Goodkat (BRUCE WILLIS). Até aqui tudo normal, a partir daqui, tudo dá uma reviravolta, afinal não foi por acaso que Nick estava em apuros, foi um engodo para reunir o Rabino e o Chefe, de forma a facilitar a vingança de Slevin, que em criança viu os pais serem mortos por ambos, tendo sobrevivido devido a um assassino, contratado para o matar, com um coração mole, assassino esse chamado Goodkat. Confusos? É esta a sensação que sentimos no fim do filme.

HÁ DIAS DE AZAR é um thriller excêntrico, com voltas e reviravoltas pelo do mundo obscuro do crime e das vinganças mortais, onde nada é o que parece.

Título: Há dias de azar (Lucky number Slevin)
Realizador: Paul McGuigan
Elenco: Josh Hartnett; Bruce Willis; Morgan Freeman; Ben Kingsley; Lucy Liu; Michael Rubenfeld; Peter Outerbridge; Stanley Tucci; Kevin Chamberlin; Dorian Missick; Mykelti Williamson; Scott Gibson
E.U.A., 2006